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A recompensa de dever dinheiro ao governo

 

Bom, não é esta a minha mensagem para o publico em geral. O que queria dizer é que quando se é devedor aos cofres do governo, não importa qual o nível, Provincial ou Federal para não se falar nas autarquias, o que temos que fazer é recorrer os tribunais se acharmos injusto ou incorreto os demandos. Claro que fazermos como as avestruzes, que metem a cabeça na areia até a tormenta passar, ou andarmos com outros "truques" para fugirmos aos nossos deveres, não é honesto, mesmo nada.

Claro que os nossos governantes recorrem para forçar os coercivamente os pagamentos indo, não só ao congelamento das contas bancárias como à penhora de outros bens sejam móveis ou imóveis e até coleções de artes e heranças. Sempre foi assim, e continua a ser no preciso momento e, obviamente, será no futuro. Com o governo não se pode andar a brincar às escondidas na fuga aos impostos pois rapidamente somos apanhados na malha e espremidos dos tostões que temos, mais os juros, ou ficamos sem o Mercedes Benz, a mansão com piscina e o iate ou o lindo barco de recreio.

Agora o que eu quero referir é a uma noticia publicada num matutino da nossa cidade de Toronto, no passado dia 13 de Dezembro, onde o auditor-general do Ontário, o senhor Jim McCarter, criticou os serviços de cobrança da Província pela negligência no processo de recuperação desses fundos originados por taxas em desleixo e juros que ronda os 1.4 biliões de dólares. Aquele auditor foca que a totalidade das contas por saldar se baseia em um décimo do total das taxas não cobradas que são de 14.4 biliões de dólares.

Deste modo, ao que compreendi do texto publicado, aquele 1.4 biliões irão ser "perdoados" ou como se diz em inglês, "write-off" contra a opinião do auditor que foca o clima económico presente. Critica também, este administrador do Departamento de Auditoria, no seu relatório anual, da demora dos serviços de cobranças e penhoras com atrasos que por vezes atingem os sete meses para fazer a chamada telefónica   e assim iniciar o contato para o reembolso.

Cá por mim fico de boca aberta de espanto pela inércia dos serviços governamentais e principalmente no campo de coletar as taxas relaxadas. Com certeza que o governo não está lá muito interessado em "chatear" o devedor ou, na gíria, o "caloteiro" pois estão muitos outros "camelos" que choram "lágrimas de sangue", e que fazem muitos sacrifícios de "tiram da boca para dar ao governo" para assim não deverem nada a ninguém, principalmente ao governo.

Penso, que eles, os do governo, "pensam" que é mais fácil aumentar os impostos que já temos, ou inventar outros do que ir à procura dos "fugitivos" que não pagam. Faço uma pequena pausa para mostrar, como exemplo, a avaliação predial da casa onde resido, que em apenas quatro anos (até ao ano 2016) passa de 505 para 816 mil dólares, ou seja 61 por cento. Onde se viu tal afronta? Perderam a compostura e a vergonha ao mesmo tempo e disto irei falar numa outra próxima crónica. Voltando ao tema principal, o de não coletarem as taxas em atraso, e de o governo, sedento de fundos, irá de certeza absoluta  de lançar impostos a torto e a direito. Serão nas multas de estacionamento que uns dizem que os dinheiros vão para as Câmaras enquanto outros dizem que não, que vão para o Queen's Park. Nos aumentos na declaração de rendimentos (as  Income Taxas) pois todos os anos há lá uns perlimpimpins que nos lixam. No registo de viaturas, nos eletrónicos que esse senhor Dalton McGuinty (na minha opinião foi o pior Premier que o Ontário elegeu)  inventou com o "Eco/Taxa". Nas apólices dos nossos seguros que são as mais caras do Canadá,  da viatura e da casa, etc, etc e etc.

Se fossem, digo eu, buscar os dinheiros aos que não são pagos, dos caloteiros, já tinham assim mais dinheiro nos bolsos e deixavam de nos apertar, cada vez mais, o garrote fiscal.

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